Nova marca no green: nova-iorquino joga golfe por 35 horas seguidas e mira recorde mundial

Nova marca no green: nova-iorquino joga golfe por 35 horas seguidas e mira recorde mundial

Um morador do estado de Nova York afirma ter batido o recorde de maior tempo jogando golfe sem interrupção: foram 35 horas ininterruptas em um campo de Long Island, da noite de domingo até o amanhecer de terça-feira.

Kelechi Ezihie, de 27 anos, começou a empreitada com a meta inicial de 24 horas, suficiente — acreditava ele — para entrar no Guinness World Records. No entanto, já na madrugada, recebeu uma ligação da irmã informando que um britânico havia permanecido 32 horas num campo na Noruega no fim de maio. Diante do novo desafio, decidiu ir mais longe.

“Estou orgulhoso de poder dizer que sou um campeão mundial”, comemorou. “Poucos têm essa oportunidade. É algo que contarei para meus filhos e netos.”

Munido de amigos, lanternas e bolas fosforescentes, Ezihie deu a primeira tacada às 18h30 de domingo, no Huntington Crescent Club, e embocou o último putt pouco depois das 5h30 de terça. Nesse período, completou o percurso de 18 buracos sete vezes, totalizando 126 buracos.

Para validar a façanha, todo o percurso foi filmado e testemunhas se revezaram para atestar cada volta, conforme exigem as regras do Guinness. O regulamento permite pausas de cinco minutos por hora; Ezihie optava por acumular esse tempo e fazer intervalos de cerca de 20 minutos ao término de cada rodada, sem ultrapassar o limite permitido.

Segundo Kylie Galloway, porta-voz do Guinness em Londres, o processo de análise das provas leva de 12 a 15 semanas. Atualmente, não há registro oficial de maratona de golfe mais longa, mas qualquer tentativa precisa, no mínimo, superar 24 horas de jogo contínuo.

Assistente de gerência em uma instituição que atende pessoas com deficiência intelectual, transtornos do desenvolvimento e autismo, Ezihie afirma que a motivação principal foi incentivar a diversidade no esporte. “Muita gente acha que golfe é esporte de elite e fica intimidada”, explicou em entrevista telefônica na quarta-feira. “Vejo o quanto o golfe me ensinou e acredito que todos merecem a chance de jogar; as lições de vida que o esporte oferece são para qualquer pessoa.”

Enquanto aguarda a homologação, o nova-iorquino já pensa nos próximos passos — mas, por ora, pretende apenas descansar o swing depois de 35 horas históricas no green.